sábado, 9 de março de 2013

A águia e a galinha




Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo em sua casa.

Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Cima milho e ração própria para galinhas. Embora a águia foi a rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
-"Esse pássaro não é galinha. É uma águia."
-"De fato" - disse o camponês. "É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais como uma águia."
Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase 3 metros de extensão.
-"Não" - retrucou o naturalista. "Ela é e sempre será uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar alturas."
"Não, não." Insistiu o camponês. "Ela virou galinha e jamais voará como águia."
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
"Já que você de fato é uma águia, e pertence ao céu e não a terra, então abra sua asase voe!"
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para juntos delas.
-"Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha."
-"Não" - tornou-se a insistir o naturalista.
-"Ela é uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã."
No dia seguinte o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:
-"Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!"
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou a dizer:
-"Eu lhe havia dito, ela virou uma galinha!"
-Não!". respondeu firmemente o naturalista.
-"Ela é uma águia, possuirá sempre um coração de águia." - "Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar."
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram bem cedo. Pegara, a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol renascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergue a águia para o alto e ordenou-lhe:
-"Águia, já que você é uma águia, e pertence ao céu e não a terra abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse uma nova vida. Mas não voou. Enquanto o naturalista segurou-se firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou e ergueu-se, soberana sobre si mesma.
E começou a voar e a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...

"Encontramos pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que nós somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogaram aos pés para ciscar."
A escolha é nossa.

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