Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dize-lo" (Voltaire)
sábado, 29 de outubro de 2011
Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos.
Sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos.
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não conter-se de contente.
É um estar-se preso por vontade.
É servira quem vence, o vencedor.
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si o mesmo amor.
Estou acordando e todos dormem.
Agora vejo em parte.
Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor
Que conhece a verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos.
Sem amor eu nada seria.
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